26 de novembro de 2011

Fotografia- Poliana Pinheiro


Na Serra da Canastra um filete brota.
Verte das entranhas, cristalina, tanta,
A água que desliza e desce pela grota
Até despencar ligeira em Casca d'anta.

Tantos rios da esquerda, da direita,
Afluentes muitos que seu leito encorpam
E o grande Gaiola* que seu casco deita,
Vencem os desafios qu’estas águas cortam.

Rio das Velhas, Borrachudo, Verde Grande,
Paraopeba, Carinhanha, Abaeté,
Emprestam-lhe forças para atravessar

O sertão ressecado que se expande
Frente ao rio que encarna a grandeza da fé...
...E vai o São Francisco a caminho do mar.


Frederico Salvo

“De todos os meios de expressão, a fotografia é o único que fixa para sempre o instante preciso transitório”.


Fotografias: Poliana Pinheiro

"O São Francisco é um mundo"


Ponta das Pedras em Xique- Xique/ BA.
Às 7 horas da manhã e ele já acorda estonteante.
O Rio Chico em um dos seus braços. O esquerdo.

Poliana Pinheiro

9 de novembro de 2011

Preciosidade....


Emoção, lágrimas, surpresas e muita felicidade. Estas foram as minhas sensações diante de algo tão mágico, tão incrível e encantador como a obra de : OS CHICOS PROSA E FOTOGRAFIA de Leo Drumond e Gustavo Nolasco.
Eu que ví esta obra em fase de gestação, ainda nos primeiros dias do processo e a expectativa da espera de um dia poder vê- la e desfrutar da história da vida de ribeirinhos que como eu, sou apaixonada por todo este mar de encanto chamado: Rio São Francisco. Não me contive em sua espera e assim que recebi o convite eletrônico pelo email, corri no site da agência nitro ( http://nitroimagens.com.br ) e comprei meu exemplar pelo PAG SEGURO. 
A cada página, a cada história, um arrepio, uma lágrima e uma satisfação em ver algo tão bem pensado, bem escrito, bem fotografado e bem elaborado. Histórias tão reais, tão simples, contada por ribeirinhos e transformada em poesias para não poetas.

OS CHICOS-  A obra surgiu da pesquisa realizada por Gustavo Nolasco e Leo Drumond de 2008 a 2011, quando percorreram as margens do Rio São Francisco, passando pelos estados de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Sergipe e Alagoas. Em homenagem ao nome do rio e para satisfazer suas veias de repórteres, os dois impuseram o instigante desafio de percorrer as comunidades ribeirinhas à caça apenas de personagens que se chamassem Francisco ou Francisca.
O prefácio de Os Chicos foi feito pelo jornalista Fernando Morais, membro da Academia Marianense de Letras, que assim definiu o trabalho a obra:
“Essa sacada maravilhosa do Gustavo Nolasco é a marca registrada do gênio, ver o que ninguém viu, como seus personagens, os que contemplam o rio e tiram das suas águas, das suas margens, da sua fauna, cachoeiras de inspirações…Os Chicos vem preencher um vazio em publicações do gênero, o que seguramente atenderá tanto o leitor ávido da boa literatura como o estudante carente de uma publicação de qualidade na sua formação didática”.
O projeto Os Chicos (www.oschicos.com.br) teve o patrocínio do Governo Federal, por meio da Lei de Incentivo à Cultura, da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), do Governo de Minas, do Banco BMG, da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) e do Grupo Orguel. Contou ainda com o apoio da General Motors.
Este será o terceiro lançamento de Os Chicos. Há duas semanas, mais de 600 pessoas, entre elas, o então governador de Minas Gerais, lotaram a Academia Mineira de Letras, em Belo Horizonte. E na última quarta-feira (26\10), a obra foi lançada na V Bienal Internacional do Livro de Alagoas, em Maceió.

Aos meninos, eu desejo- lhes muito mais sucesso e inspirações para que ainda possam gerar muitos outros frutos tão magníficos quanto este que estou lendo.
E se no seu livro eu lí um muito obrigada pela minha indicação do Sr Chico de Né ( então um dos personagens). Eu que vos agradeço!!!! Agradeço pelo carinho, pelo amor e por todo o cuidado e respeito com estas pessoas tão incríveis de nomes Franciscos ou não.

(...) Que assim como o rio Chico,  a jornada de vocês também seja doce e encantada ...

O Romeiro





"Senhor Bom Jesus da Lapa
Aceitai minha romaria
Que sou romeiro de longe
Não posso vir todo dia"
(Bendito dos Romeiros da Lapa)


"Procure no mundo uma cidade
Com a beleza e a claridade
Do luar do meu sertão"
(Luiz Gonzaga)