25 de maio de 2010

Inspirações

Saudades do meu sertão

No meu sertão é assim;
A vida tem mais poesia
O luar tem mais melancolia
O céu tem mais estrelas
E a vida segue em devaneios e rimas
Mais pura e singela
Com vigor e saúde,
Por entre os arbustos e vales
Tudo reflete beleza e virtude
Pela santa plenitude.

No sertão tem virtude
Nas histórias contadas
Nos versos rimados
E nos poetas populares
E de janeiro a janeiro
Tem poesia e violeiro"


23 de maio de 2010

O maior peixe de água doce- SURUBIM e a sua deliciosa moqueca

Pescador exibe sua pescaria

Preparação do peixe para a  moqueca


MOQUECA DE SURUBIM

A moqueca de Surubim te sua origem Afro Brasileira, e é um dos pratos mais típicos da região do São Francisco, a receita se faz com o principal peixe do Velho Chico,o Surubim cortado em postas e regado ao dendê e leite de côco. Em algumas regiões ainda acrescenta- se o camarão fresco, o que dá um ar mais sofisticado ao prato e divesifica o seu sabor. A moqueca acompanha com um pirão feito de farinha de mandioca com caldo retirado da  moqueca, um arroz branco também serve bem.
Vale a pena experimentar!!

FOTOS: Retirada da internet e não tinha os créditos dos seus respectivos fotografos.






19 de maio de 2010

Um momento



Sertão. Sabe o senhor: sertão é onde o pensamento da gente se forma mais forte do que o poder do lugar”.(GUIMARÃES ROSA, 2001)

Um registro

Uma rua, um lugar, uma oficina,e que fique bem claro, é só de bicicleta.
Coisas que encontramos em poucos lugares do mundo.

18 de maio de 2010

Tipicamente Sertanejo

A maioria dos homens que vivem nas margens do Rio São Francisco trabalha como barqueiros ou remeiros, artesãos, pescadores, agricultores e pecuaristas, sendo estas as principais formas de sustento do homem e da economia local, e cada atividade é  responsável por diferentes formas de geração de renda. Essas atividades são desenvolvidas no Vale há séculos, e fazem parte da cultura e das tradições locais. Desta forma, o sertanejo ribeirinho do Velho Chico vence, dia-a-dia, as adversidades sociais e ambientais e constrói uma cultura rica em crendices populares, buscando amenizar a secura do solo e a quentura do vento através das águas do Velho Chico.


Sobre o Rio São Francisco em sua extensão


Os índios o chamavam de Opará, que em Tupi Guarani quer dizer, Rio-Mar, rio tão grande quanto o mar. E o Velho Chico, é considerado o maior rio 100% brasileiro, ele nasce na Serra da Canastra, em Chapadão do Zagaia, Minas Gerais. E é responsável por disponibilizar 2/3 de água doce para a Região Nordeste, além de ocupar 8% do território brasileiro, estendendo-se também pelos estados de Goiás, Bahia, Pernambuco, Sergipe, Alagoas e o Distrito Federal. Com uma extensão de 2.700 quilômetros, o rio atravessa Bahia e Pernambuco no sentido Sul-Norte, e quando modifica seu curso para Leste, chega ao Oceano Atlântico pela divisa entre Alagoas e Sergipe, na cidade de Penedo. São ao todo 504 municípios distribuídos ao longo da Bacia do São Francisco, e cinqüenta e oito por cento do seu curso, corta o coração do sertão nordestino.
Falar sobre o Velho Chico em sua geografia é uma tarefa importante para entender a sua importância entre as comunidades ribeirinhas, e para adquirir noção do seu tamanho e de suas potencialidades. O Vale do São Francisco chega a ser maior do que Portugal e França juntos, equivalendo ao tamanho da Bacia do Colorado, e tem como afluentes o rio Verde Grande, Salitre, Carinhanha e Grande . E está dividido em alto, médio, submédio e baixo São Francisco, a sua bacia ocupa uma área total de 640.000 quilômetros quadrados. Neste contexto, cerca de 14 milhões de pessoas habitam essa área e produzem uma vasta rede de relações com o rio.



12 de maio de 2010

11 de maio de 2010

O Sertanejo é, antes de tudo, UM FORTE!!


...Não tem o raquitismo exaustivo dos mestiços neurastênicos do litoral. A aparência, entretanto, ao primeiro lance de vista, revela o contrário. Falta-lhe a plástica impecável, o desempeno, a estrutura corretíssima das organizações atléticas. É desgracioso, desengonçado, torto... Caminhando, mesmo a passo rápido, não traça trajetória retilínea e firme. Avança celeremente, num bambolear característico, de que parecem ser o traço geométrico os meandros das trilhas sertanejas. E se na marcha estaca pelo motivo mais vulgar, para enrolar um cigarro, bater o isqueiro, ou travar ligeira conversa com um amigo, cai logo - cai é o termo - de cócoras, atravessando largo tempo numa posição de equilíbrio instável, em que todo o seu corpo fica suspenso pelos dedos grandes dos pés, sentado sobre os calcanhares, com uma simplicidade a um tempo ridícula e adorável.

Trecho do Livro :OS SERTÕES, Euclides da Cunha


10 de maio de 2010

As carrancas do São Francisco

As carrancas são manifestações  da arte popular brasileira que desenvolveu-se na região do rio São Francisco, por artistas populares denominados carranqueiros. As  carrancas do São Francisco,é um símbolo típico desta cultura  franciscana e é um tipo de arte única no mundo, feita pelos entalhadores atendendo aos sentimentos e fantasias dos barqueiros que precisam espantar os seres míticos e lendários que permeiam o imaginário lúdico dos ribeirinhos e para a criação de uma identidade própria para as embarcações que navegavam pelo rio São Francisco, artistas esculpiam enfeites de proa. Esses elementos de decoração sempre representavam uma escultura de cabeça e pescoço de alguma figura, que misturava traços humanos com traços animais e apresentava uma expressão de figura mitológica indeterminada e de grande impacto, dando origem à arte das carrancas.
Hoje, essa arte popularizou-se. Podemos encontrar as carrancas não apenas nas proas das embarcações do São Francisco, como simples enfeite, mas tornou-se um disputado elemento de decoração e parte do acervo de museus nacionais e estrangeiros, sendo suas peças de grande valor de comercialização para turistas.
Atualmente, a Carranca,esse personagem de olhos vermelhos e dentes grandes não é apenas uma crendice, mas ganhou grande circulação comercial.Quanto ao aspecto econômico pode-se dizer que o surgimento dessas figuras horripilantes de aspecto grosseiro, talhadas em madeira, tenha sido um dos mais relevantes motivos para a emancipação comercial, política e social da região do Médio São Francisco. As carrancas dos barcos do Vale do São Francisco hoje perderam sua função inicial de proteção das embarcações contra perigos concretos e imaginados do percurso do rio por uma função de peça de comércio artesanal .